sexta-feira, 16 de setembro de 2011

ANEL DE RUBI




Meu anel reliquia sagrada!
Sua história parece de fada
Teve má sorte coitado...
Seu destino foi traçado.

Em uma noite eu brincando
Dei-o a alguém que quero muito
Ele deu um grande suspiro
Dizendo: amanhã serei defunto.

Coitado teve razão
De quando ir assim dizer:
Não me deixe ir com ele
Que amanhã vou morrer!

Não atendi ele se foi...
Meu dedinho quase chorou
Sentindo grande saudade
Do seu suave calor!

No dia seguinte a surpresa!
O pobrezinho foi encontrado
E sem piedade pegaram-o
E quebraram-lhe de "Machado".

Coitadinho que má sorte
Nem se despediu de mim
Deixou-me muitas saudades
O meu anel de rubi...

São Sebastião de Passé, Bahia; 31 de setembro de 1948.

Bertine das Neves Lima

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